Já fui, já foi

Estamos tão distantes, as minhas lágrimas já solidificaram, a minha saliva já consumiu, o meu latim já se gastou e para ti nem mais uma gota, nem mais saliva, nem mais latim; estou esgotada, lotada, consumida, enxugada, acabada, esvaziada, estancada e tudo por aí além.
Não queria voar nas tuas palavras, não me queria deixar enganar, quando tu és o próprio erro; a tua suposta mágoa a mim já pouco ou nada me interessa, agora que te esqueci, só quero seguir, viver e recarregar baterias.

Eu fui Cristo em ti, amar-te foi uma tortura, e o prego que mais doeu foi o do coração, não tenhas a menor perplexidade, mas fora de lamechices , assim não me oriento!
Quero voltar a sentir-me exausta de lutar por aquilo que realmente convém, voltar a ser impensadamente graciosa, estritamente depravada, quero voltar a ser eu, e simplesmente eu.

Foste o calor das minhas palavras; a tua sensibilidade já não me acalma, já não me convence, as tuas lamurias e o teu pesar já não metem pena ao meu furioso íntimo.
Se agora te pudesse aniquilar, não pensaria 2 vezes, não me dás razões para que faça o contrário, tu mudaste-me e agora já nem sei quem sou; dá-me tempo e espaço e não te metas no meu caminho porque elas não matam, mas moem.
Deixar-te-ei na tua pura ignorância, tal como ocorrera antes, e desta vez, não me venhas dizer que te arrependes, ou que lamentas e suspiraras ao meu ouvido ansiando por mais.
Para ti apenas digo:

PARA TI, NADA; PARA MIM, TUDO

Não nego, posso ainda gostar de ti, mas não quero saber, o que lá vai lá vai, e agora este EU vem talvez temporariamente, é a minha capa de providência e é esta que eu acarretarei durante muito tempo, o máximo prazo possível, até lá, não percas tempo e tenta a tua pouca sorte com outra calamitosa pessoa.

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